Apressamento da FIA sobre asas flexíveis no GP da Espanha significa uma reviravolta na F1?

23:49, 27 mai.

Atualizado: 23:51, 27 mai.

porjoão alfredo

Para o Grande Prêmio da Espanha e adiante, a FIA irá aplicar a TD018 para restringir a flexão da asa dianteira sob carga. Esta Diretiva Técnica encontrou reações mistas por todo o paddock.

McLaren

A McLaren, atual líder em ambos os campeonatos, alega não estar preocupada com a referida diretiva técnica sendo introduzida para o Grande Prêmio da Espanha.

Descartando quaisquer efeitos colaterais da repressão nos níveis de flexão da asa dianteira, o CEO da McLaren, Zak Brown, disse ao De Telegraaf: "Não faz diferença para nós. Não estamos preocupados com essa mudança de regra."

Segundo o chefe da McLaren, Andrea Stella, como ele costuma dizer, o desempenho do MCL39 não vem de uma única área, mas é, em vez disso, um efeito cumulativo da filosofia do carro.

Lando Norris levou a McLaren à vitória no Grande Prêmio de Mônaco.

Mercedes

Para a Mercedes, a temporada que começou tão bem, gradualmente foi diminuindo de resultados no pódio para resultados no meio do pelotão, com o Grande Prêmio de Mônaco sendo um ponto baixo absoluto para a equipe, já que nem George Russell nem Andrea Kimi Antonelli conseguiram terminar a sessão de classificação e ambos os pilotos também terminaram fora dos pontos após uma corrida complicada pelas estratégias adotadas pelas equipes, como Racing Bulls e Williams.

Em relação à Diretiva Técnica de Barcelona, o chefe da equipe alemã e CEO, Toto Wolff, para fontes de mídia incluindo GPblog, disse sobre a avaliação de seu colega da Ferrari, Frederic Vasseur: "O que vimos é que a Ferrari foi provavelmente a mais conservadora em asas flexíveis. Como isso vai afetar a ordem de forças é algo que precisamos olhar," antes de fornecer sua própria avaliação sobre o impacto que a mudança de regra terá.

"Não tenho certeza se isso vai [alterar a hierarquia da F1] mas é outra ângulo de curiosidade e eu não sei como vai ser."

George Russell terminou em P11 no Grande Prêmio de Mônaco com uma nova asa dianteira.

Red Bull Racing

Para a equipe austríaca, que teve uma temporada bastante forte, com um P6 para Max Verstappen no Bahrein marcando o resultado mais baixo do holandês ao longo da temporada, com já duas poles e duas vitórias em seu nome, e uma clara chance ao título ainda.

O mesmo, infelizmente, não pode ser dito em relação ao outro lado da garagem da Red Bull, com Liam Lawson sofrendo um rebaixamento prematuro e Yuki Tsunoda sendo incapaz de sequer chegar perto, quanto mais igualar, os esforços de Verstappen no RB21.

Conforme confirmado pelo campeão mundial reinante, a Red Bull Racing não receberá passivamente as mudanças à medida que os austríacos continuarão a introduzir gradualmente seus pacotes de atualização programados em Barcelona, seguindo suas adições na Arábia Saudita, Miami, Imola e Mônaco.

Christian Horner, o chefe da equipe e CEO, falou sobre as mudanças que serão implementadas para a Espanha com várias mídias, incluindo GPblog e disse: "Com certeza vai ter um efeito. Agora, quanto isso afeta o desempenho dos seus concorrentes versus o seu próprio, é difícil prever. Mas com certeza é uma mudança significativa. Não é apenas um ajuste. Então, vai afetar todos os carros, é apenas em que quantum."

Max Verstappen levou o RB21 ao P4 em Mônaco.

Ferrari

A Ferrari é a equipe que, de longe, mais decepcionou, já que depois de chegar perto de arrancar o título de Construtores da McLaren no final da última temporada, eles não conseguiram replicar seu potencial de campeonato este ano, tendo alterado significativamente o conceito de seu carro de F1.

Falando para GPblog, entre outras fontes de mídia, o chefe da equipe, Frederic Vasseur, deu sua opinião sobre o impacto da revisada Diretiva Técnica com um leve traço de esperança.

"Com certeza todo mundo terá uma nova asa dianteira em Barcelona, por definição e por regulamento. Acho que talvez seja um reinício do desempenho de todos."

Charles Leclerc terminou em P2 em Mônaco.

Aston Martin

A equipe britânica, que começou a temporada de 2025 da F1 com o pé esquerdo com seus únicos pontos nas primeiras cinco rodadas da temporada vindos de corridas que foram fortemente afetadas pelo clima, i.e., Austrália e a corrida sprint em Miami, conseguiram dar um passo à frente em termos de desempenho.

No Grande Prêmio de Ímola, a equipe introduziu um conjunto de atualizações que lhes deu uma vantagem de desempenho que os moveu mais perto do topo do pelotão intermediário, com a corrida na Itália e o subsequente Grande Prêmio de Mônaco mostrando seu aumento de desempenho na classificação e na corrida.

Os resultados não vieram, no entanto, já que as decisões estratégicas corretas para o Safety Car e o Virtual Safety Car em Ímola não foram tomadas, e no Grande Prêmio de Mônaco os esforços de Fernando Alonso foram em vão quando ele foi forçado a retirar seu AMR25 da disputa.

O chefe da equipe e CEO, Andy Cowell, em conversa com GPblog e outras mídias, mostrou-se cético quanto ao impacto que a referida mudança técnica teria na ordem das equipes.

"Acho que depende de quanto você estava explorando o que a FIA está agora restringindo, não é? E todo mundo está em uma posição diferente. Então, Fred (Vasseur, chefe da equipe Ferrari, ed.) disse como isso vai afetá-lo. Vamos ter uma conversa na noite depois de Barcelona e eu te direi como isso nos afetou."

"A flexibilidade aerodinâmica é algo que está no esporte há décadas e a FIA passou de testes de pressão com o dedo para um teste de pressão com o dedo bem definido para testes de carga bastante sofisticados."

"É mais um de muitas dezenas de apertos. E eu não sei se algum dos anteriores viu uma mudança completa na ordem das equipes no grid."