Um dos clubes membros fundadores da FIA lançou um novo e surpreendente ataque ao presidente da entidade, Mohammed Ben Sulayem.
O OAMTC austríaco (Osterreichischer Automobil, Motorradund Touring Club) advertiu que a FIA poderia estar "prejudicando sua credibilidade" caso apoiassem as mudanças propostas pelo emiradense.
Isso acontece quando está prevista uma reunião da Assembleia Geral da FIA em Macau para discutir as várias propostas que Ben Sulayem apresentou.
Em maio, Ben Sulayem apresentou essas revisões para o órgão governamental, que incluíam barrar potenciais candidatos à presidência da FIA se qualquer coisa em seus registros questionasse sua integridade profissional.
Planos também para antecipar o prazo para os candidatos à presidência declararem sua candidatura, bem como um aumento no poder do presidente para nomear membros do Senado da FIA, são propostas que o senhor de 63 anos anunciou.
Como resultado disso, uma longa carta da OAMTC foi enviada aos seus membros da FIA que estão no Conselho Mundial para a Mobilidade e Turismo Automotivo (WCAMT), delineando suas preocupações sobre a direção da FIA.
"Danos à credibilidade da FIA como organização já ocorreram através de repetidos erros de governança e falhas," afirmou a carta.
"Esses não são anomalias: são características de um sistema de governança que está funcionando mal, devido à ausência de debate e discussão interna normal. A posição da FIA em comparação com outras organizações internacionais é ameaçada pela ferida autoinfligida da falha de governança."
A carta continuou a dizer que seus membros deveriam ou votar contra as mudanças propostas ou pedir mais tempo para que elas fossem analisadas, argumentando que existem grandes perigos que podem estar associados a ajudar o presidente atual em sua candidatura à reeleição para dezembro de 2025.
"Quando há até mesmo um risco de essas mudanças parecerem beneficiar a administração atual da FIA, e não a própria FIA, as mudanças não devem ser adotadas," continuou a carta.
"Há tempo suficiente para uma reflexão mais cuidadosa, e se essas são mudanças desejáveis, elas ainda serão desejáveis em uma futura Assembleia Geral após a próxima eleição."